Água para o sertão
Saudoso Gonzaga
Que cantou as mágoas
Do povo sofrido
Largado e esquecido
Dos nossos sertões.
Mas que são lembrados,
E até disputados,
Por ilustres desconhecidos,
Que os fazem queridos,
Nas eleições.
Não se vexam em prometer
Àqueles que os elegerem
Que até água vão levar (?)
No sertão que a minguar,
E acreditando novamente,
Votarão ingenuamente,
Crendo suas vidas mudar.
E o velho Chico, coitado!
Tão manso e tão educado!
Depois de velho de idade,
Tornou-se celebridade,
É o alvo das atenções.
Querem fazer-lhe transplante,
Levá-lo bem mais adiante,
Mas, a quem querem beneficiar,
Aos sertanejos? Quiçá,
Ou às urnas das eleições?
Poema criado como complemento de Trabalho da Faculdade de Pedagogia (UFOP) sobre a transposição do Rio são Francisco. Maria Helena S. Ferreira Camilo C. Lucas. Lagamar