Vasos, Vasilhas e Veredas
É lembrança de sol de manhã
É na voz um ditado popular
Palavra que dá gosto na boca
Oh cidade que me quer prosperar
É o braço que bate no rio
A trança que deixo esperar
Na pedra quente sem limo
Ou na palha que varre meu lar
Na cabeça bacia de prato
Já no peito lembrança do lar
É na horta que cumpre o desejo
Meu apolo, sabor ciriguela
O caminho se mede no pé
É de vaso, vasilha e vereda
É memória que canta na brisa
É montanha de muita esperteza
Quem já sabe, só basta ouvir
O meu canto é doce, jequí
Eu espero que o bravio do rio
Não me volte a submergir
É de tempo em tempo meu nobre
Que a fagulha acende João
Bate forte o brilho no peito
Sobe fogos da noite, irmão
Se conforta a lembrança aqui
Me resguardo do teu relembrar
A cidade de nossos herdeiros
Vale a sombra de nosso deixar?
O jequí, tu que veio, me conte
Há valido o caminho chegar?
Entre vaso, vasilha e vereda
A cidade, mais que o sol, quer brilhar