É o meu Pará
É o meu Pará
Dentro do avião eu olho para baixo
É o meu Pará
Não há como negar
Os rios largos
As ricas florestas
É realmente o meu Pará
Não há como negar
A solitária estrela da bandeira do meu Brasil
A sentinela do Norte
A terra banhada pelo sol do Equador
A Paris do Brasil
É ralmente o meu Pará
Não há como negar
Hoje eu deixo este lugar
Me aventurando em terras estranhas
Terra onde o sol não brilha, não como lá
Isso, lá no meu Pará
Onde o pessoal fala dialeto estranho
Pensam que eu sou o índio
Mas índio eu não sou lá
Ei, você é de onde?
Do Pará, onde o açaí é nosso manjá
O tucupi é a nossa água
A maniçoba o nosso feijão
E o tacacá nossa feijoada
É, esse é o meu Pará
A bandeira vermelha
Vermelho de coração
Coração paraense
Paraense de alma
Olha lá o museu, o nosso museu
O nosso Forte
A nossa baía
A nossa história
Não nos renderemos jamais!
Disseram quem protegeu nossa terra dourada
Terra em cima de corpos de gente
Gente como a gente
Negro, branco e índio
Todos enterrados no mesmo lugar
Quem tu és, quem és tu?
O que tu queres? O que tu tens?
Égua tu acreditas?
Esse é o nosso dialeto
Dialeto do Pará
Cultura deixada pelos nossos colonos
Português de sobrenome
Mas brasileiro de alma
Rosto de estrangeiro
Mas de estrangeiro nada tenho
É de paraense que tenho cara
Agora já não vejo mais o meu lugar
É, o meu Pará
O nosso colosso
Já dizia o nosso hino
Tudo são encantos vibrantes
Desde a indústria até a rudeza pagã
Adeus meu pará, meu grande Pará
Fostes uma boa mãe
Espero ter sido um bom filho
Mãe maior não há
Lugar de gente humilde
De gente que sorri
De gente que ajuda
De gente que te adora
Comigo carrego tuas marcas
Logo estou te deixando
Talvez nunca mais volto a lhe ver
Mas quando me perguntarem de onde sou
Vou responder em bom e alto som
Ei, sou do Pará
E espero que respondam
É, ele é do Pará
E não há como negar