Independência, mas não morte!
22 de abril de 1500.
“Terra à vista!” Ao longe, o Monte Pascoal
E a prazo, de Portugal, o jugo fatal!
“É tempo: independência ou morte!
Estamos separados de Portugal!”
Ali, às margens do Ipiranga,
Estava lançada a sorte!
Do grito sacral
Brandindo o afiado metal,
O jugo chegara ao final.
O Brasil, de Cabral e de Pedros
Continuou seguindo, em enredos.
A Coroa Portuguesa é história
Mas, outros tempos vieram
E, no Brasil, na longa trajetória,
Aqui brotaram alguns homens,
Com interesses próprios, a escória.
O Brasil libertou-se de Portugal
Mas homens vis, de mandato banal
Lutam entre si por outra coroa
E a ética, na política, esboroa.
Independência ou morte?
Sem norte e nem suporte
Seguimos, com tal sorte.
Brasil, Brasil, do meu 22 de abril
Expurga os filhos ímpios do covil
Redescobre-te, ainda febril,
Mas gentil, varonil.
Porque és a pátria amada, idolatrada!
Salve! Salve! Brasil!