À UM BECO DO TINGUI - SAMBA

À UM BECO DO TINGUI

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

O beco do Tingui ícone tradicional hereditário de uma vila trincheira,

Das pedras pedregulhos a desenvolver por raiz de uma grande pedreira,

Beco das cobras por construções de alvenarias a edificarem por algumas obras,

Vínculos que marcam riscos documentados as suas desenhadas dobras.

Uma concessão de fundações trabalhados pelos proveitos das suas sobras,

Dos verdes das naturezas colorido a folha verdura da taioba,

Vestimentas a cada escolha por se portar a tipos descrevidos as modas,

Das matas, bosques ou jardins exemplificando artes por suas creditáveis podas.

Das bicas pra lavar as roupas levadas as trouxas das potáveis secreções,

De quem toma banho ou dá banho por uma essencial higienização;

Enche e carrega as latas de águas para as reservas das utilizações,

Pra encher as barricas ou tonéis a conserva das precisas recomendações.

Das almas santas benditas que vivem longe das escuridões,

Dos crentes e descrentes que apostam as esmeras superstições,

Crendices daquelas de quem a tudo acredita no seio das repercussões,

Dos montes as contas das inúmeras incontáveis porções.

Sombras repousadas as abas dos volumes a cada pedaço pepita,

Montes que crescem por erosões expostas as diversidades das britas,

Ecos que ecoam em lugares a esmos quando alguém grita,

Brincando ou pulando contente quando as festas a algo agita.

Beco do Xavantes das moitas de capim a refúgio esconderijo de uma cobra,

Pelo que restou a ficar jogado pelo chão como uma descartada sobra;

Rua sem saída na sua volta quando prosseguir a sua pelejante ida,

Riquezas patrimoniais dos bens tombados a visitas das suas curtidas.

Do ar úmido ou seco pelo sol quente centígrados a causticante,

Temporais das enchentes torrenciais para a tornar refrescante;

Frios as roupas pesadas a cobertores pra aquecido esquentar,

Dos cantos do alvorecer por um novo dia que está a começar.

Por bem cedo a ledo pelo dia que está por começar,

Das flores que despontar com os seus brotos brotar;

Brejos dos cantos ensaiados de uma apreciável apresentação,

Bem cedo luminosidades expõe a beleza encantadora da recente matização.

Pelos rumos a imbicar na sua trafegada direção,

Caminhos que se formam nos vestígios pisados de um chão;

Pelo largo ou alargado caminho que antes fora estreito,

Comícios de debates discutidos ou discursivos a pleitos.

Nos rumos ou ramos passados itinerários dos trechos,

Endereços que marcam insígnias reluzentes dos apetrechos;

Botequins comas suas marquises estando a sinalizar,

Suas entradas e saídas a sua dimensão até no seu fim a acabar.

Negociações abertas as monções das suas barganhas.

O beco dos estranhos e das coisas estranhas,

Perfuração dispostas as penetrações dos orifícios as entranhas,

À um beco do tingui a recompensa guardada ou recebida a fortuna que alguém a ganha.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 22/06/2018
Reeditado em 07/01/2022
Código do texto: T6370922
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