As duras penas dos invisíveis sociais
Com as pernas doridas
sofro as penas de um Brasil
de trabalho informal
de educação senil
Um país de pais sem paz
uma pátria comedida
meu trabalho não existe
gente também não
Amo esse povo
dessas praças dessas feiras
destas graças corriqueiras
de um belo ideal
Quando a brasa assa o milho
e quando se descasca o abacaxi,
os passos ligeiros gritam,
mas, não sabem onde ir.