SIM… SEREMOS!
Seremos em cada gesto, o céu e a terra,
seremos… em perfeita harmonia,
sem que nos deixemos levar, por quezílias
ou vis ciúmes, levando-nos a lugar nenhum,
senão ao que de pior há em nós, queiramos
nós ou não queiramos.
Pois se há coisa, própria, de cada Homem,
é ser, de além-mar ou aqui, pessoa inconstante
e influenciável, pouco segura de si e de suas
muitas qualidades, que, parece-me a mim,
teima em esconder, por uma vergonha, que,
vem desde as primícias, do catolicismo.
Para quebrar, esse gelo primário, devemos
então passar, por retomar, o cumprimento
diário, já que de uma coisa, sejamos certos,
da água viemos e à água tornaremos.
Da semente novas flores brotarão, e, cada
um, fazendo uso de sua profissão, arado
ou bigorna, da força de seus músculos, um
novo mundo, levantará ante nossos olhos,
criando seus filhos, sem que nada se lhes
esconda, ante sua natural curiosidade e
preciosa rebeldia, fonte de aprendizagem.
Acabemos de vez, com resquícios do passado,
deixando de falar, nas costas uns dos outros,
trazendo para a rua, a vida de cada um, como
se isso fosse normal, e, logo depois, tornar
a casa, com a ignorante sensação, de um dever,
mais do que cumprido, quando só de mal,
serviram sua acção, enquanto seres humanos.
E, então, imbuídos, de um mesmo sentimento,
seremos este chão e falaremos de outras lutas,
ao som de uma fogueira, soprando canções de
amor, escutando a imaginação do pobre, que
deixou de o ser, por nossa grandeza.
Seremos em cada gesto, o céu e a terra,
seremos… pois, que, hoje, seremos Homens
livres, de toda e qualquer ofensa, às nossas vidas.
Jorge Humberto
01/01/09