A LIBERDADE DE UM POVO
Deambulo pelos meus pensamentos,
ciente de mim e das pessoas, irmanadas
comigo, num mesmo sentido único: que
a força do pensamento, alce novos voos,
e, que, a democracia, jamais seja vã.
Meu quarto é pequeno, para conter tais
forças, por isso escrevo, ao sabor da pena,
sem pena alguma, de dizer o que me vai
na alma, ao sabor de meus ideais, sempre
prontos a serem testados ou ignorados.
Aqui se lutou, contra o jugo de cinquenta
anos, de um ditador, que tudo fez, para
manter o povo iletrado, de forma a assim
melhor o controlar, mantendo-o na vil
ignorância, fechado em seu próprio país.
Até que um dia os soldados revoltaram-se,
juntando-se ao povo, recusando ordens de
seus superiores, e, as gentes, saíram à rua,
gritando palavras de ordem, não calando,
o que, a meio a torturas, silenciar quiseram.
Porém não sossego, e, no meu pensamento,
sem nunca ter descanso, toda esta supérflua
realidade, depois do acto heróico, não cabe
nem olvido nem afrontação, que hoje fazem,
ao não saberem guardar em mãos, a liberdade.
Por isso continuo deambulando, em carne e
sangue, jogando-me de encontra as paredes,
parecendo, que, a qualquer instante, eis irei
enlouquecer, de doído pensamento, ante
tanta futilidade e omissão, do Homem de hoje.
Jorge Humberto
16/10/08