Sonhos Soturnos
Neste sonho os encantos são temporais,
Os prédios tornam-se labirintos dentro da noite,
Minotauros surgem, ferozes e soturnos,
Por toda aresta, desafiando a sabedoria.
Os séculos avançam, como segundos a correr,
O tempo, convida para uma dança de sensações,
E enquanto o presente, tão efêmero, vê o
Passado e futuro cruzam-se além do olhar.
Nas encruzilhadas do tempo, encontros ligeiros,
Aceleram a vida, união de tempos distintos,
E emaranhados na trama dos destinos inimagináveis,
Andar entre eras, entre a ancestralidade.
Os sonhos, outrora nebulosos e abstratos,
Se concretizam em circuitos e processadores,
Onde pessoas mergulham em mundos virtuais exatos,
Explorando horizontes de sonhos e criadores.
Humanidade, navegante do tempo e espaço,
Tens os anseios e desejos, numa força divina,
A vida transformada, num futuro audaz e inconsequente,
Onde tecnologia e coração pulsam a vida de quase máquina.
O que sabemos? Parar o tempo e esquecer
Dos caminhos que deixam na vastidão da poeira,
Embalando os sonhos com a mais pura poesia,
E tecendo a história em cada afago da alma.