Carrapato
Parasita canino do paredão da morte
Escapa e anda ao léu.
Aqui, enquanto escrevo, anda
E espaço recebe no papel.
Carrapato é um rato
A corroer minha memória
Que subtrai ainda agora
O pouco da parca refeição.
Já no chão, um pedaço de pão gira.
Destarte, noutro dia, tremelica.
De certo, briga ou morte de formigas.