As Coisas Invisíveis

Caminhar pelos campos invisíveis

Do pensamento;

Há sombras de florestas passadas;

Perfumes impregnados de memória; e

O barulho do vento norte,

Carregado de estações num banco cinzento,

De cores sortidas em guache deixado

Sobre o papel adormecido no tempo

Esquecido dentro da gaveta.

O sorriso de alguém que nem se lembra mais

Volta a incomodar entre os esboços

De quem talvez nunca soube seu nome.

O silêncio é cheio de coisas que não se vê;

Cheio de coisas que não se pode ter.

No silêncio bate a saudades, e faz,

O invisível torna-se a única estrela

A te guiar.

por Airton Parra Sobreira

airton parra sobreira
Enviado por airton parra sobreira em 27/04/2021
Reeditado em 22/05/2021
Código do texto: T7242655
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