As Coisas Invisíveis
Caminhar pelos campos invisíveis
Do pensamento;
Há sombras de florestas passadas;
Perfumes impregnados de memória; e
O barulho do vento norte,
Carregado de estações num banco cinzento,
De cores sortidas em guache deixado
Sobre o papel adormecido no tempo
Esquecido dentro da gaveta.
O sorriso de alguém que nem se lembra mais
Volta a incomodar entre os esboços
De quem talvez nunca soube seu nome.
O silêncio é cheio de coisas que não se vê;
Cheio de coisas que não se pode ter.
No silêncio bate a saudades, e faz,
O invisível torna-se a única estrela
A te guiar.
por Airton Parra Sobreira