Prece ao Vento.

Rogar ao caos

Um Deus pagão.

Compreender que nada

Surge do acaso, a não ser

A própria ignorância.

Fere-se com o metal, mas

Também com palavras.

Do que virá pela frente

Pouco se sabe; apenas poucos

Sabem sobre o infinito vazio.

Lacunas, precipícios e o ar:

Páginas em branco dum diário

Onde a tinta do amanhã

Tornar-se-á indelével

Na forma dum sorriso paralisado;

Sentimentos emudecidos, onde

Nada poder-se-á fazer, a não ser

Orar para o infinito vazio celestial.

airton parra sobreira
Enviado por airton parra sobreira em 18/12/2019
Reeditado em 03/06/2020
Código do texto: T6822144
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