Sem Tempo
Já não há tempo,
Previsão ou crença.
Há sim um torpor
Insano e perene
Através das estações
Brancas e frias.
Olhares fixos e fictícios.
Querer e não querer,
Poder, ter e perdoar
A inexistência da razão.
Paredes brancas de cal
Ausência da cor da certeza.
Existir num breve momento
Diante do eterno esquecimento.