TRÍVIOLETRA (TC): SENSATO
S ente espera... // como sol a lua // canto solestício (3)
E scriba in_venta // IN_VERDADES // no azul pintado de azul (1)
N ada é tão vazio // como o nada // que nada tem (2)
S criptor inventa // pena maldita // suas verdades ao vento (5)
A qui o navio parte // E só na arte // no cais a pedra chora (6)
T oco o que toco // ou vou além // in_vento outras verdades (4)
O tempo... // só não passa o aqui e o agora // e estou aqui e agora (7)
Marco Bastos 1, 6
Silvia Mota 2
Maria-José Carvalho Dias 3
Gustavo Adonias Bastos 4
Celinha Viol 5
Vania de Castri 7
TRÍVIOLETRA (TS): SENSATO
E scriba in_venta // IN_VERDADES // no azul pintado de azul (1)
N ada é tão vazio // como o nada // que nada tem (2)
S ente espera... // como sol a lua // canto solestício (3)
T oco o que toco // ou vou além // in_vento outras verdades (4)
S criptor inventa // pena maldita // suas verdades ao vento (5)
A qui o navio parte // E só na arte // no cais a pedra chora (6)
O tempo... // só não passa o aqui e o agora // e estou aqui e agora (7)
* * * * *
Não Tenho Pressa
Não tenho pressa. Pressa de quê?
Não têm pressa o sol e a lua: estão certos.
Ter pressa é crer que a gente passa adiante das pernas,
Ou que, dando um pulo, salta por cima da sombra.
Não; não sei ter pressa.
Se estendo o braço, chego exactamente aonde o meu braço chega -
Nem um centímetro mais longe.
Toco só onde toco, não aonde penso.
Só me posso sentar aonde estou.
E isto faz rir como todas as verdades absolutamente verdadeiras,
Mas o que faz rir a valer é que nós pensamos sempre noutra coisa,
E vivemos vadios da nossa realidade.
E estamos sempre fora dela porque estamos aqui.
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
S ente espera... // como sol a lua // canto solestício (3)
E scriba in_venta // IN_VERDADES // no azul pintado de azul (1)
N ada é tão vazio // como o nada // que nada tem (2)
S criptor inventa // pena maldita // suas verdades ao vento (5)
A qui o navio parte // E só na arte // no cais a pedra chora (6)
T oco o que toco // ou vou além // in_vento outras verdades (4)
O tempo... // só não passa o aqui e o agora // e estou aqui e agora (7)
Marco Bastos 1, 6
Silvia Mota 2
Maria-José Carvalho Dias 3
Gustavo Adonias Bastos 4
Celinha Viol 5
Vania de Castri 7
TRÍVIOLETRA (TS): SENSATO
E scriba in_venta // IN_VERDADES // no azul pintado de azul (1)
N ada é tão vazio // como o nada // que nada tem (2)
S ente espera... // como sol a lua // canto solestício (3)
T oco o que toco // ou vou além // in_vento outras verdades (4)
S criptor inventa // pena maldita // suas verdades ao vento (5)
A qui o navio parte // E só na arte // no cais a pedra chora (6)
O tempo... // só não passa o aqui e o agora // e estou aqui e agora (7)
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Não Tenho Pressa
Não tenho pressa. Pressa de quê?
Não têm pressa o sol e a lua: estão certos.
Ter pressa é crer que a gente passa adiante das pernas,
Ou que, dando um pulo, salta por cima da sombra.
Não; não sei ter pressa.
Se estendo o braço, chego exactamente aonde o meu braço chega -
Nem um centímetro mais longe.
Toco só onde toco, não aonde penso.
Só me posso sentar aonde estou.
E isto faz rir como todas as verdades absolutamente verdadeiras,
Mas o que faz rir a valer é que nós pensamos sempre noutra coisa,
E vivemos vadios da nossa realidade.
E estamos sempre fora dela porque estamos aqui.
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"