Eternamente Insatisfeitos
Em certos momentos quando eu lia o livro
E me deparava com os israelitas
Que mesmo diante de tantas proezas
Viviam em profunda murmuração
Eu ficava a me indagar
Como pode oh meu Senhor
As pessoas serem tão ingratas
Diante de tanto prodígio
Como pode oh meu Senhor
Diante de uma pedra
Que começa a água brotar
Serem tão insensíveis
Como pode oh meu Senhor
Diante da invasão de codornizes
Que baixavam no arraial
Ainda serem tão ingratos
Como pode oh meu Senhor
Diante do maná
Que caia do céu
Ainda ficarem indignados
Só que agora volto-me para o presente
E vejo que nada mudou
Estamos diante do agir de Deus
E mesmo assim estamos de olhos vendados
Estamos imersos na providência Divina
Mas ainda assim vivemos revoltosos
Diante de tamanha ingratidão
Somos seres eternamente insatisfeitos
Oh ser tão Divino e Misericordioso
Tenha piedade das nossas vidas
E dai-nos um coração quebrantado
Para que reconheçamos as nossas falhas