(Tradução depois do original em inglês)
 
 
 

Jacob's Ladder
(month of Elul, 1996)

 © Sarah D.A. Lynch

 

"O Israel, put your hopes in Hashem, for with Hashem is unfailing love, and with Him is full redemption. He Himself will redeem Israel from all their sins" (Psalms 130:7, 8) 


I try to make poems for You -
But then I seek people’s ears
To tickle mine
In false approval.
I love You more than life -
But life engulfs me
And I find myself
Living it against You.
 
I want You more than anything -
But beauty allures me
Moving me away
And I lose sight of You.
Your open arms
Are my only resting place
But I find myself doubting
You were ever there.
I even doubt You.
 
Is there any hope
In the spark of Ruach
You gave me?
It cries for unity with You
While all the rest of me
Is uselessly pursuing itself.
 How can I be sanctified
Separated, consecrated
Living amidst decay
Being it myself?
 
Is there a way to You
Hashem?
If only to those without blame
- And when you say you are
You are no longer -
How can I?
Only those who do what is right?
I do it not.
Those whose tongue is not
Given to evil - but how many
Unspeakable words there are
That I can say whole pages of them
In a single breath?
 
Mélech Ha'Olam
Who has never done any harm
To his fellow?
Or who manages not to hate
Whoever looks or sounds
Better than us - and shows it?
No, I can’ t.
 
Did I believe the bridge was there
Just because the void was too big
Or was it really there?
I see it closing the chasm
- Uniting broken edges -
But then all the pieces
Of my shattered dreams
Fall all around me
And I see no bridge
Only open fingers
Through which my hopes seep through
Like so much dirty rain water.
 
Hashem
Do You see my broken pieces
As You see my faults?
In the balance of Justice
I’ll be found wanting.
Do You have a Book of Records
Where my sights are written down
Side by side with my lies?
Which list is longer?
 
I’m wretched, Hashem.
They told me You´ve sent someone
As a free gift
To pay for all of this wretchedness -
But how is it
Melech Ha’Melochim
That I’m still paying
At every tollbridge?
 
Then I understand.
Then I see it as a whole.
We are not disconnected, are we
Hashem?
Ruach Ha’Koddesh penetrates us
Surrounds us
Makes us one.
If I suffer, we all suffer.
If I rejoice, we all do.
We just can’ t see it.
Yet.
 
I  understand now.
I will open up my arms
And embrace my hurts
As I do with laughter.
 
I see You now
Not the listmaker
Not the bridgemaker
But  Ruach Ha’Koddesh
- The Divine Breath
The thread of life
Sewing us all together
Hurt by hurt
Joy by joy
In a continuum
Ad infinitum.
 
I see now Jacob’s ladder
Climbing up with sounds
With music
With harmony
And gates
- Open gates
Free of charges
Or pain.
 
The tollbridge stands
Unpaid.
The faults´ list stands
Unread.
I climb with Jacob
The angel’s ladder.
And I am one
With You.
Hashem.
 
 

Tradução:
 
 

 A Escada de Jacó

 (mês de Elul, 1996)

©Sarah D.A. Lynch
 


"Ò Israel, ponha tuas esperanças em Hashem, pois com Hashem há amor que nunca falha, e com Ele há completa redenção. Ele mesmo redimirá Israel de todos os seus pecados." (Psalms 130:7, 8) 
  
 
Eu tentei Te fazer poemas
Mas então busquei plateia
Aplausos, bajulação. 
Eu Te amo mais do que a vida
Mas a vida me engolfa
Enreda-me, enfeitiça-me
E eu a vivo
Contraposta a Ti.
 
Ah, sim, eu Te quero
Mas adoro tudo o que é belo
E escolho algo mais
Qualquer algo mais
E me afasto de Ti. 
Teus braços abertos
São meu único refúgio
Mas procuro o barulho
A multidão
E no turbilhão, esqueço-me
E até duvido
de Ti.
 
Há alguma esperança
Na porção de Ruach
Que me deste?
Ela clama por união Contigo
Enquanto o restante de mim
Inutilmente
Persegue a si mesmo. 
Como posso ser eu santificada
Separada, consagrada
Vivendo em meio à decadência
Sendo eu mesma
Decadente?
 
Há por acaso um caminho
Para Ti, Hashem?
Se apenas os que são inocentes
- E quando você diz que é
Você deixa de sê-lo -
Como posso eu?
Apenas aqueles que fazem
O que é certo?
Mas não o faço!
Aquele cuja língua
Não se entrega ao mal?
Ah, mas quantas palavras
Desprezíveis, odiosas
Posso proferir em um só fôlego?
 
Melech Ha´Olam
Quem nunca fez mal a um semelhante?
Ou como posso não odiar
A quem parece melhor do que eu
Quando apenas tento?
Não – não posso.
 
Será que acreditei haver uma ponte
Só por ser o abismo grande demais
Ou ela realmente existiu?
Vejo-a fechando o espaço
- Unindo margens íngremes – 
Mas de repente não há mais ponte
 Apenas meus dedos
Entreabertos
Por dentre os quais se escoarm
Como água suja
Os meus sonhos.
 
Hashem, vês meus pedaços partidos
Como vês minhas faltas?
Na balança da Justiça
A que empunhas
Qual dos dois fardos subirá?
No livro que contém minhas lágrimas
Também minhas mentiras
estão inscritas.
Qual das duas listas
Seria a mais longa?
 
Estou quebrantada, Hashem.
Disseram-me que enviaste alguém
Uma dádiva gratuita
Para catar meus pedaços
Para pagar meus pedágios.
Melech Ha´Melochim
Por que então seria
Que ainda pago pedágio
A cada ponte?
 
Então percebo.
Então entendo.
Não estamos separados
Não é mesmo, Hashem?
Ruach Ha' Koddesh nos penetra
Circunda-nos
Faz-nos um.
Se eu sofro, todos sofrem.
Se me regozijo
Todos se regozijam.
Apenas não podemos ver.
Ainda.
 
Entendo agora. 
Entendo, e abro meus braços
Aacolhendo minhas dores
Como antes acolhi o riso.
 
Eu Te vejo agora
Não o fazedor de listas
Não o construtor de pontes
Mas Ruach Ha´Koddesh
O Sopro Divino
O fio da vida
Cosendo-nos juntos
Dor por dor
Riso por riso
Em um continuum
Ad infinitum.
 
Vejo agora a escada de Jacó
Subindo em sons
Em música
Em harmonia
E vejo portais
Portais abertos
Escancarados
Sem pedágios
Ou dor.
 
A ponte permanece
Sem pedágios.
A lista de faltas
Permanece não lida. 
Com Jacó escalo
A escada dos Anjos.
E sou uma contigo
Hashem.

 
 
 

 
Dalva Agne Lynch
Enviado por Dalva Agne Lynch em 30/09/2016
Reeditado em 30/01/2018
Código do texto: T5777604
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.