NU (VENS) E VÃOS

 

 

O céu d'alma,

fechado pelas tormentas,

nuvens que vem e vão, 

se transformam e criam um bolsão.

 

A paz no limbo se acalma,

só que o corpo, de tensões se alimenta,

dentro do peito abrem-se vãos, 

doridos...rasgados...só desilusão.

 

Traças avisam...sua cruz sua palma,

não desisto, insisto...não é são, só pimenta...

destruída sigo no olho do furacão. 

 

Sobrevivo das minhas mortes n'alma,

cega ao que a sábia razão orienta,

amo só,  em desalinho, um ser na contramão. 

 

 

 

 

 

 

 

Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 12/08/2022
Código do texto: T7580770
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