NU (VENS) E VÃOS
O céu d'alma,
fechado pelas tormentas,
nuvens que vem e vão,
se transformam e criam um bolsão.
A paz no limbo se acalma,
só que o corpo, de tensões se alimenta,
dentro do peito abrem-se vãos,
doridos...rasgados...só desilusão.
Traças avisam...sua cruz sua palma,
não desisto, insisto...não é são, só pimenta...
destruída sigo no olho do furacão.
Sobrevivo das minhas mortes n'alma,
cega ao que a sábia razão orienta,
amo só, em desalinho, um ser na contramão.