POÇO DE OSSOS
Ao marfim
que minha carne cobre
brancos, muito brancos
etéreas nuvens
nos caminhos sem fim
Você apenas ouve
gemidos derramados
gota a gota
em horas de fastio.
Dobres suspirados...
As estatuetas se diluem
corroídas no ácido da ira,
lembram a face dos heróis de mentira.
Sobre a consciência a luz
queda perpendicular
tombam caibros sem consistência.
(Dói a alma e ninguém sabe.)
Tácito