Quando
Quando minhas mãos se fecharem
Terei sempre segura toda dor que neguei,
Quando meus lábios sussurarem o seu último adeus
Ao meu lado terei todo aquele
pelo qual eu chamei
Esta tão triste morte,
sorte de um mal amém.
Quando acabar este riso
frouxo, disfarcado e metido,
restará o olhar,
Túnel de escuro profundo.
Negra não é noite, é alma a espalhar
Pela parte de veias pequenas, sua quântica aldeia,
medos, defeitos mil.
Quando o fogo e eu nos fundirmos
Toda vida negada
Terá aprovação.
A água de recente transposta
Lá onde estou já não chega.
Desde de já é horror.
Quando chegar o aviso
Agirei como surdo
Desde já eu o sou.
Hoje liberdade tolhida,
Ontem foi enviada
Por email a alguém.
Sei não amei de verdade
Nem, a mim
nem a vida,
Mais tarde a reclamarei.
Bolha, mundo besta,
e a fera, de mim é a lei.