ATRÁS DO ESCURO

Temores e tremores

Grito que sai

Garganta acima

Já é a noite

Dobrando a esquina

Tal como sina,

De mim mesmo Caim

Meu ser cortado em mil

Enterrado no jardim

Melhor se jogado na latrina

Não duvide!

Não sonhe!

Não chore!

Lágrimas, lástima, lápide.

É assim, na vida e na morte

De outra sorte

Muito mais duro

Entender as cores.

No escuro breu

Fingir que entendeu...

(...sorrir engolindo o pranto e pronto.)

T@CITO/XANADU

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 09/06/2020
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