VALSA NEGRA

Na lama negra mergulhado estou;

Caminhos escuro me faz bailar de dor;

Como uma despedida giro vermelho;

Danço ao som do grilos, corujas, sapos...

Como é bom escutar o violino que flama e inflama;

Ouvidos de cristal, lampejos, tique-taque!

Vestido de pedra turmalina com rendas de organdi, quê fazer?

Lardeadas badaladas do rouco da trombeta num sol maior;

Quão sentir o lago arrodeado por árvores, pinheiros, flores de cactos;

Sou a liberdade obscura do bailar em corpos o resplendor do adeus.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 01/09/2019
Código do texto: T6735040
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