VALSA NEGRA
Na lama negra mergulhado estou;
Caminhos escuro me faz bailar de dor;
Como uma despedida giro vermelho;
Danço ao som do grilos, corujas, sapos...
Como é bom escutar o violino que flama e inflama;
Ouvidos de cristal, lampejos, tique-taque!
Vestido de pedra turmalina com rendas de organdi, quê fazer?
Lardeadas badaladas do rouco da trombeta num sol maior;
Quão sentir o lago arrodeado por árvores, pinheiros, flores de cactos;
Sou a liberdade obscura do bailar em corpos o resplendor do adeus.