Festim, o funeral
Tocai, ó flautas,
Tuas disformes sinfônias!
Com os gritos e risadas
De teus nobres foliões.
Hoje é Cinzas,E com elas
mais um homem se pinta,
De futuras estações impichado
Em sua última agonia.
O cadáver já encaixotado
Por pacotes cercado!
Toques, risos, gritos embriagados.
Esquecidos: com tal sorte serão contemplados.
E eu? E eu? Em meio a tal fortuna questionado.
Antes do ato, potencia sempre em vez!
Morro porque não morro,
Vivendo sem honra, sem fim, sem altivez!