Festim, o funeral

Tocai, ó flautas,

Tuas disformes sinfônias!

Com os gritos e risadas

De teus nobres foliões.

Hoje é Cinzas,E com elas

mais um homem se pinta,

De futuras estações impichado

Em sua última agonia.

O cadáver já encaixotado

Por pacotes cercado!

Toques, risos, gritos embriagados.

Esquecidos: com tal sorte serão contemplados.

E eu? E eu? Em meio a tal fortuna questionado.

Antes do ato, potencia sempre em vez!

Morro porque não morro,

Vivendo sem honra, sem fim, sem altivez!

Lirianna
Enviado por Lirianna em 22/07/2019
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