RESGATANDO A COR DA SOMBRA


Febre no peito gélido
Reverberações sem eco
Me atirando como um bólido
Sufocando quase tendo um treco

Chorando em noites sem Lua
A escuridão nublando a alma
Ser mármore viela de rua
Sem o dito 'sua cruz, sua palma'

Sou espectro de sombra pálida
N'um amor irreal surfando
Sem doçura, paz e rosa cálida
Na solidão me afogando

Se desse transe mórbido
Despertar letárgica um dia
Esquecerei, quem sabe, o amor sofrido
Reescrevendo minha lenda, em gótica poesia
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 30/06/2019
Código do texto: T6684802
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