VAGAS

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N'outro tempo se diria
Homem não chora
Outro simplesmente confirmaria

Só quem sabe a dor do sofrer por amor
Poderá entender o que dentro de mim se passa
Tu fostes na minha vida uma tormenta com furacão

Invadistes minha serenidade de forma avassaladora
Chegastes com o Sol no corpo e um lago azul no olhar
Musa de pintor d'uma personalidade encantadora

Invadistes como álcool minha sensatez virei um ébrio
Tornei-me um bólido imantado seguindo teu meteoro
O que pensava ser paixão desabou o meu equilíbrio 

Tu tirastes minha paz e razão, roubastes tudo de mim
Viestes num vento pulsante espalhando  trovões
Restou apenas a desilusão que assombra o meu fim

No farol do fim do mundo me escondo esquálido
Na verdade das tuas marés só sobraram as vagas
Que se debatem incontroláveis contra meu viver pálido





* Imagem - Fonte - Google

 
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 16/02/2019
Reeditado em 19/02/2019
Código do texto: T6576868
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