LETARGIA
Maldita letargia que mata, consome o espírito
Dor que transborda pelas brechas do corpo
Arrasta-se na vida à fora nesse vil sufoco
Nem mesmo há a robustez para bradar um grito!
Nuvens negras condensam-se sobre a cabeça
Esfacelam-se os argumentos para o franco riso
Beira-se a loucura num torpor, afana-se o juízo
E de caridade, nem um barbitúrico que adormeça.
Corvos batem as asas, negras, sujas e fedidas
Ensaia-se um olhar aos céus_ perdida divindade
que não afaga a alma doente, vazia e ferida...
Ecos ressoam ao longe: " Nunca mais, nunca mais..."
Adeus à poesia que trazia alegria às cidades
Somente esta letargia num mundo de tantos ais.
Anna Corvo
(Heterônimo de Elisa Salles)
Imagem: pinterest
Maldita letargia que mata, consome o espírito
Dor que transborda pelas brechas do corpo
Arrasta-se na vida à fora nesse vil sufoco
Nem mesmo há a robustez para bradar um grito!
Nuvens negras condensam-se sobre a cabeça
Esfacelam-se os argumentos para o franco riso
Beira-se a loucura num torpor, afana-se o juízo
E de caridade, nem um barbitúrico que adormeça.
Corvos batem as asas, negras, sujas e fedidas
Ensaia-se um olhar aos céus_ perdida divindade
que não afaga a alma doente, vazia e ferida...
Ecos ressoam ao longe: " Nunca mais, nunca mais..."
Adeus à poesia que trazia alegria às cidades
Somente esta letargia num mundo de tantos ais.
Anna Corvo
(Heterônimo de Elisa Salles)
Imagem: pinterest