LASTRO

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És como negra rosa
Rara
Altiva e prosa
Cara

Teu olhos profundos
Norteiam
Lábios carnudos
Que só amargor semeiam

Tua tez pálida reluz
Frieza marmorizada
Que aos tolos seduz
Trama bem estudada

As vestes modernas de couro
O cabelo curto e a boina caída
Instigavam como barra de ouro
Teia pronta, presa atraída

És envolvente
Engabelas com habilidade verbal
Teu falso sofrer é tão somente
Um ardil que sempre acaba mal

Caí na esparrela
Louco de amor, teus defeitos não vi
Tingi de cinza minha vida aquarela
Desolado, nem notícias tenho de ti

Não consigo entender o que sinto
Do meu peito tu não sais
Morreria por ti com veneno e Absinto
És meu martírio eterno, meus ais



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* Imagens - Fonte - Google

 
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 23/10/2018
Reeditado em 24/10/2018
Código do texto: T6484509
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