Jardins de pedras
Meu coração vagabundo
bate obtuso
em um peito confuso
Bombeando tristezas
por minhas
veias secas
Disfarçando minha dor
com um sorriso sem graça
e amarelado
Enquanto
displicentemente
ando descontente
suspirando sufrágio
de um ego em retalho
Por entre velhas carcaças
de antigos naufrágios
vagueio com o espírito pestilento
esperando o fim deste sufismo
até que minha carne
vire lembranças
Vou por entre as rochas
que plantei em meu jardim
por entre as flores de mágoas
e paredes cheias de measmas
por ter vacilado na vida
e perdido um grande amor
por propagar palavras descabidas
com a cabeça próxima
do chão vou
arrastando me de joelhos
procurando meu coração
em busca de redenção
buscando perdão.
Por Alexandre Samambaia