A LUZ ATRAVÉS DA PORTA

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Já faz um ano
Que meu nunca amor se foi
Dez meses de total desengano
Vivi à tua sombra, tal qual sino de boi

Não percebia teu descaso e indiferença
Ainda assim  de ti, me sentia prisioneira
O elo que nos ligava, é distante de qualquer crença
Tu aparecias e eu me rendia plena, inteira
Morria calada e te dava, minha esperança derradeira

Me concedias um beijo frio e um olhar de maresia
Um até breve, com data imaginária
Eu ficava de pé, sozinha no meio da sala vazia
Sentindo o peso da minha vida ordinária

A memória vibra tensa, com um aperto no umbigo
Lembro tua imagem sumindo no fim da rua
Que ainda mexe, muito fundo comigo
Me sinto exposta, com a alma nua
Te desejo como amor, nunca um amigo

Tu vens e vais, sem pedir licença
E para mim, isso pouco importa
Me atravesso de dor ante a tua presença
Mas, ainda assim, mantenho aberta a porta


 
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 25/11/2017
Reeditado em 28/11/2017
Código do texto: T6181745
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