A SANGRIA É MINHA.
Perdoem meus versos que hora sangro...
Repito-os,sem fim,enfadonhos na poesia
Fere-me a alma em purulência e cancro
Não mais creio em nada. Outrora eu cria!
Fui a moçoila dos conventos ancestrais
Hoje minha fé desfalece em meio à lama
Para a desgraça não há trégua jamais....
Que inferno é este? Minh'alma mói. Inflama!
Bicho desgraçado que rói a roda do moinho
Miserável comedor das carnes humanas!
E Tu, óh Grande... Não vês que amofinho?!
Nos umbrais o corvo grasna, torpe. Profano
Trazendo anúncios de dias mais medonhos...
Perdoem meu poema. Sou eu que sangro!
Anna Corvo
(Pseudônimo de Elisa Salles)