A SANGRIA É MINHA.

Perdoem meus versos que hora sangro...

Repito-os,sem fim,enfadonhos na poesia

Fere-me a alma em purulência e cancro

Não mais creio em nada. Outrora eu cria!

Fui a moçoila dos conventos ancestrais

Hoje minha fé desfalece em meio à lama

Para a desgraça não há trégua jamais....

Que inferno é este? Minh'alma mói. Inflama!

Bicho desgraçado que rói a roda do moinho

Miserável comedor das carnes humanas!

E Tu, óh Grande... Não vês que amofinho?!

Nos umbrais o corvo grasna, torpe. Profano

Trazendo anúncios de dias mais medonhos...

Perdoem meu poema. Sou eu que sangro!

Anna Corvo

(Pseudônimo de Elisa Salles)

Elisa Salles ( Elisa Flor)
Enviado por Elisa Salles ( Elisa Flor) em 02/07/2017
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