À DERIVA DOS SONHOS

Leva seu barquinho pelos profundos oceanos

Tantos ecos, segredos que não o alvorecem

É madeira podre largada neste mundo profano

Náufragos sonhos de "amanhãs". Hoje perecem!

Os ventos cessaram de urgir suas indignações

Mas a neblina persiste. Nimbosa ameaça furtiva

Não há prelúdios de placidez. Torpes ilusões...

O porto?_ Inseguro. Baixem as velas. À deriva!

E se os monstros das águas não comer-lhe a carne

O pobre nauta ainda assim, não se dará por feliz

Se permite à si um riso, logo o vendaval o varre!

Segue, no desalento das horas mudas. Irracionais...

Conceber o que meu Deus? Nada há além de tudo.

Segue a embarcação, vazia de amores. Cheia de " ais"!

Elisa Salles ( Elisa Flor)
Enviado por Elisa Salles ( Elisa Flor) em 02/07/2017
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