Será que fechei meus olhos para as estrelas?
Será que já não verei o sol?
Em que parte do caminho me perdi?
... Já não me encontro
Tudo é ausência de luz
Apalpo as paredes úmidas
Está frio
Lodo escorregadio
Evasão do meu eu consciente
Sinto a ave de Anna sobre meus umbrais
Talvez devesse deixa-la ficar
Não afugenta-la jamais...
... E nada posso fazer
Nem sei o que quero
Se quero
fazer...
Talvez o tempo que passei aqui,
em meio à dor, que a todos consomem
tenha sugado minha vida.
Talvez eu já esteja morta.
Apenas não tomei ciência de tal fato
ainda.
Fica Anna...
Fica
Já é tarde
... Repousemos sob as as asas do corvo.