Ahh, vida terrível, ingrata e impiedosa
Porque se recusa a dar-me a hora final?
Obriga-me à permanecer neste pântano sombrio
Quando me recuso a navalha? Fim de tanto mal?!

Quando foi que rezei pedindo esta estadia vil?
Quando foi que apelei por novos sóis e novas luas?
Não vês que não suporto mais esta vivência?
Á mim, a tão desejada morte, apenas se insinua...

Aguardo com ânsias meu derradeiro suspiro...
O eterno silenciar da minha voz. Plenitude e alívio!
O não mais dor. Anestesia total para os meus lamentos.

Mas o tempo é lento...Arrasta-me na loucura das horas!
Não grito mais. Ninguém há de ouvir-me em meio às brumas
Sou tal qual alma vagante, em vida, à mercê dos ventos...
Elisa Salles ( Elisa Flor)
Enviado por Elisa Salles ( Elisa Flor) em 08/12/2016
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