Vamos. Corram apressadamente, avante!
Busquem o corvo em sua mortal escuridade
Eulália partiu do mundo dos que ainda vivem
Respira, mas su`alma, nua, daqui se evade! 

Seus olhos perderam-se num vazio imenso
De seus lábios crispados balbucia um grunhir
Um som quase inaudível se ouve das entranhas
"__ Leva-me óh corvo amigo, para o porvir...!

De sua pálida face nenhuma lúcida expressão
Medo, tristeza, dor... Somente indiferença fria
Nunca fora uma moça jubilosa, bem se sabe...
Mas havia ainda um escárnio,uma ira à movia.

... E por quais infernos revoou a maldita ave?
Que venha logo buscar esta alma moribunda!
Se em vida nunca fora pelos céus contemplada
Que o corvo à leve,logo, para as terras oriundas. 
 
Elisa Salles ( Elisa Flor)
Enviado por Elisa Salles ( Elisa Flor) em 04/12/2016
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