Vá, ouse adentar nas angústias de Anna. Imensas
Corre em seus caminhos, pés em feridas abertas
Come e bebe do pão da dor dos seus" dia à dia"...
Sente a agonia dela, seu torpor e ambivalência.
Ela não vive. Contabiliza o tempo que lhe cabe...
Não espera mais acalentar no seio o amor sublime
Uma dose de conhaque para dissolver a loucura
Um cigarro à mais. A vida é torpe, ela bem o sabe!
Mas tu não quer adentrar nesse mundo sombrio
Basta à ti a luz tênue que adentra por tuas janelas...
As margaridas do teu jardim... Por que olhar para ela?!
Ela trás a morte em si, e isso lembra a tua finitude.
É mais fácil fingir que ela também não habita em ti
Anna é a realidade da dor de viver. Tu és quimera!