E quem poderá me devolver meus sonhos perdidos?
Todos eles, que jazem soterrados sob sete palmos
Cativos do destino, acorrentados_ Desespero meu!
Porque vim ao mundo se não era para trazer o riso...?
E agora, por quais caminhos ainda hei de percorrer?
Mataram meus anseios antes de darem os primeiros passos
Sou gemido dia e noite_ Cansam-me os olhos e as quimeras
Se sonhei, se amei, se fui querida... Secaram-se os jardins!
Então não questionem a tristeza dos meus versos negros...
Neles não há métrica perfeita, não há rima_ Apenas dor!
Peço-lhes que os aceite no silêncio da poesia mais sofrida
Posto que que eu jamais vi a luz._ clarão da alvorada!
Sou aquela que foi amaldiçoada pelas culpas de minha mãe.
Então não inquiram meu poema... Por favor. Hoje não!