Vê, Anna, querida_ Quem se importa?
Suas dores são tuas apenas menina!
Encerra teu pranto no peito. Cala teu grito
O sol nasceu... Sobre ti não se inclina?
Varre as últimas lamúrias do tempo
Acostuma-te à lama_ Tua fiel companhia
Kairós negou-te a mão... Aceita, então!
Se nada tens de boas novas. Silencia...
Pois quem terá de ti a menor piedade?
E dó é o que queres; senhora das sombras?
Não carece. Ainda sorri para ti a poesia...
És a dona dos cânticos loucos, mas belos.
Atenha-se à eles, posto que ainda é chama
São teu prumo, Anna... Tua analgesia.