ENTRANHAS VÍVIDAS
Trago no peito minha insondável solidão
Não tenho noção do tempo nem da lógica
Arrasto por ti um amor maior do que a razão
Nem tão pouco me faço de recatada pudica
Deixo que invadas minhas entranhas sem compaixão
Em ti por mim não há sequer um resto de amor
Ainda assim recolho as sobras que me concedes
Meu corpo recebe as tuas sementes com fervor
Ainda que cativa e desprezada de ti sinto sedes
Sem saber se voltarás noutra semana me causa temor
Me sobram dias e dias de fendas vazias
Uma sobrevida de escuridão e dor
Um peito aberto rasgado sem fantasias
E o coração sangrando pulsando sem calor
Meus instantes são de doídos ais ociosos
Sem forças que me sustentem sã
Busco nesse amor de momentos belicosos
Uma razão para viver embora seja vã
Por favor cegueira dos meus olhos não me deixe morrer
Trago no peito minha insondável solidão
Não tenho noção do tempo nem da lógica
Arrasto por ti um amor maior do que a razão
Nem tão pouco me faço de recatada pudica
Deixo que invadas minhas entranhas sem compaixão
Em ti por mim não há sequer um resto de amor
Ainda assim recolho as sobras que me concedes
Meu corpo recebe as tuas sementes com fervor
Ainda que cativa e desprezada de ti sinto sedes
Sem saber se voltarás noutra semana me causa temor
Me sobram dias e dias de fendas vazias
Uma sobrevida de escuridão e dor
Um peito aberto rasgado sem fantasias
E o coração sangrando pulsando sem calor
Meus instantes são de doídos ais ociosos
Sem forças que me sustentem sã
Busco nesse amor de momentos belicosos
Uma razão para viver embora seja vã
Por favor cegueira dos meus olhos não me deixe morrer