Olhos negros de ódio.
Corro perigo, e eu estou com medo.
Medo de aquele olhar, do que ele vê!
Medo dos grandes olhos negros, sombrios.
Eles são escuros e me rodeiam, e tenho medo.
Medo do que eles querem ver.
Medo do que estão vendo.
Medo de saber que estão me vigiando.
Pois vejo o que vejo, mas não o que eles veem.
Mas o que eles querem?
 
Corro perigo, é estou com medo.
Destes olhos que me cercam que me veem.
Observam-me meus passos.
Minha alma minha essência, eles as tirão de mim.
Fico cada vez mais frio sem vontade.
Aos poucos consigo ver o que eles veem.
Mas não quero ver, não entendo.
Não posso, não consigo saber o por quê?
 
Corro perigo, é estou com medo.
Medo dos olhares secos sem alma, frios e repletos de ódio.
Quero correr, fugir e talvez desparecer.
Mas não importo aonde eu vá sempre estão lá.
Não a aonde esconder-me, está sempre lá.
Os mesmos olhos, mas com olhares diferentes.
Sempre me observando minha alma minha essência.
Sugando as de mim.
Tirando minha essência e me igualando.
Meus olhos como os deles, minha alma como as deles.
E não há como fugir.
E estou com medo, pois me perco de mim.
E vou sempre a eles, não importo aonde eu vá.
Eles sempre estarão lá, secos vazios.
Repletos de ódio, ódio daqueles quem veem.
De forma diferente deles.
Gustavo Alves Vilela
 
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Gustavo Vilela
Enviado por Gustavo Vilela em 28/05/2015
Reeditado em 13/03/2020
Código do texto: T5258052
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