EM COMA; TRANSFORMAÇÃO

TRANSFORMAÇÃO.

Ho! Essa noite sem lua! Escuridão! O fim de tudo, uma parede negra, ausência de luz; anoiteceu, onde está minha matéria? O corpo desapareceu, não é indicio de morte, minha vida permanece, ainda existo, ainda sinto eu.

Onde estão as estrelas? Minhas companheiras deixaram de brilhar, para onde foram? o certo não sei, sinto como um deserto de areias fina que sustenta os meus pés, me desequilibro e caio, a minha fé que fim se deu?

Nada sinto ao meu redor, meus olhos fechado, não vejo luz em meu caminho, o tempo estático como o vento que não move moinho, eu despido de tudo, que grande desilusão, tão desprezado, ímpar sem carinho.

A terra tão linda! Se foram tantos anos de espera, tantas altas e baixas... sobrevivente, um gemido em dores relatam, celebram o fim de um ato, um corpo em fim deitado, breve livre, jaz funesto calado, sentinelas de amores.

Uma porta aberta, várias vidas de ardorosos trabalhos, regressando ao passado, um caminho, uma escada galguei, contemplei, beijei o céu, meu coração voltou a bater, a luz divina acendeu, tudo em mim está vivo, nada aqui morreu./

Antônio Herrero Portilho/29/6/14

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 29/06/2014
Reeditado em 26/09/2017
Código do texto: T4862651
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