" CATALEPSIA"
“Catalepsia"
E o plúmbeo da noite me tragou
Em sua insidiosa voracidade
Gritos soam como estertores gorjeios
A harpia voejou
Rasante rapinou todos os sonhos d'ouro
Encapsulada em cortante catre agora estou
Minhas solertes mãos
Escavam a terra
Um fio de água pinga de meus imundos dedos
Larvas hediondas refugiam-se em meu inerte corpo
Cerrados estão os meus lábios
Ó boca maldita, por que não se abre mais em flor?
Onde estão as palavras que não mais pronuncio?
Repetitivas batidas ecoam no vazio
De repente uma altaneira luz ressurge
Ruborizadas, hirtas, desconexas as faces se agitam
E o corpo ainda vivo
Salta da cova ainda quente!
Nota da Recantista: interação ao inteligentíssimo poema " Eu incomodo a lua" da nobre lavra da eminente poetisa Tania Meneses publicado aos dezesseis de maio de dois mil e treze neste espaço...
Que JESUS te abençoe para sempre, Tania!