EM SILÊNCIO… HOLOCAUSTO!
Eis, que, a besta surgiu, criando o Terceiro Reich,
em mil e novecentos e trinta e três. Hitler, Hess,
mentor da propaganda, ao Judeu chamou peixe,
e precisou: exterminar e sem qualquer benesse!
Nascendo foi Partido Nacional Socialista Alemão
dos Trabalhadores! e, lá glorificavam, Rosenberg,
Joseph Goebbels, Heinrich Himmler, única nação,
onde, a Raça Ariana, crescia, como bom imberbe.
E criaram-se os guetos da vergonha, onde Judeus
jaziam e morriam à fome, até serem deportados,
feito gado em comboios, na esp’rança dum adeus
que sabiam ser o último, e nos fornos queimados!
À chegada, aos campos, de concentração, o fumo
volteava nas chaminés co cheiro intenso a carniça!
Mulheres e crianças e velhos, já separado o sumo,
aí eram mandados, prá fornalha, que, o fogo atiça.
Dos restos, tudo se aproveitava, para fazer sabão,
com que os familiares usavam, co nó na garganta!
Seriam filhos seus, amada esposa, de seu coração,
que ali estava? Um o grito que a nenhum espanta!
Mas antes – para que figure – de serem gaseados,
das roupas, esqueléticas, se desfaziam com pudor.
E os cabelos outrora tão bonitos, eram ali cortados
depois dos Nazis, lhes terem tirado, qualquer valor,
e que agora os trabalhadores forçados, em fileiras,
amontoavam, dum lado, ao outro, das salas iguais,
uma panóplia de objectos como óculos e pulseiras,
dentes de ouro, sapatos e roupas… Ah, vis animais!
Vingaram os mais fortes dos homens, e sua história
puderam contar ao mundo, outros em valas jaziam!
E, foram milhões, os que, lá ficaram, honra e glória,
não conheceram, enquanto, as metralhas fremiam!
Jorge Humberto
13/04/08