Não permitido ser
Alcalmo vontades com a voz...
Com uma preocupação
Uma pequena dor de dente
Nada agradável,
Mas suportável.
Poder. Querer. Ter.
Distinção, vontades que vêm do nada!
Do nada nesse enorme tudo!
Não é patriota, mas é amor!
Diz-se que assim chama...
Sofrer querido, e aparentemente recente
Tanto tudo pra nada
Quanta mentira,
Quanta palavra,
Quanto vangloriar!
Ironia da vida do amante sofredor.
Como fede o dia, a manhã
Como o podre dentre as pernas
Como me acalma a noite
Ao nada, à luz, à sombra,
Sorrir ao ouvir, e dormir.
Mente sim. Mente!
Fala, fala, fala que diz
Fala, fala, fala que fala
Fala, fala, fala que faz
E nada vejo.
Nunca mais vi!
Por mais que os olhos abro,
O dia fede!
Quanto mais abro esses olhos
Mais e mais o dia e a manhã fedem!
Vejamos o amanhã...
Calma dormi e pesadelos tive...
Odeio fazer compras!
E já tive medo de bruxas!
Hoje vejo tudo que não suporto!
Agrada-me um pouco que seja
Mesmo que minta!
Agrada que é bom...
Mesmo que minta...
Olhe o tudo e sinta a podridão!
Vejo um consumidor no mercado
Do chão pegar lixo.
Um cachorro que caga!
Um gato que mija.
E o bardo a tocar...
Toca, toca, toca que te faz bem...
Fuja, fuja, fuja que o mundo já vem!
E como vem...
Veja como sou, Sr. Bardo,
Da noite pr'o dia...
Já nada quero notar.
Que nojo que dá!
Que nojo que dá!
Quanto nojo...
Cega-me dos olhos,
Só dos olhos...
Você diz se encontrar em mim,
Então me agrada...
Me agrada que faz bem.