Braço Fraco

O suor que pinga na lida,

Não brilha aos olhos do patrão,

É suor que seca invisível,

Como grito calado no chão.

O esforço que o peito carrega,

Tem peso de mundo nas costas,

Mas ninguém vê o que se move,

Nem sente a força das apostas.

Meu trabalho é dia e noite,

E o cansaço se faz sem voz,

Quem valor dá ao braço fraco,

Que move montanhas por nós?

Na estrada sigo sozinho,

Com a alma pesada e serena,

O sonho é terra distante,

E o reconhecimento, algema.

Fernando de Fidenza
Enviado por Fernando de Fidenza em 11/11/2024
Código do texto: T8194725
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