Braço Fraco
O suor que pinga na lida,
Não brilha aos olhos do patrão,
É suor que seca invisível,
Como grito calado no chão.
O esforço que o peito carrega,
Tem peso de mundo nas costas,
Mas ninguém vê o que se move,
Nem sente a força das apostas.
Meu trabalho é dia e noite,
E o cansaço se faz sem voz,
Quem valor dá ao braço fraco,
Que move montanhas por nós?
Na estrada sigo sozinho,
Com a alma pesada e serena,
O sonho é terra distante,
E o reconhecimento, algema.