Fio Curto

Tem dias que a conta encurta,

O bolso já sente o corte,

A noite não traz descanso,

Quem sonha, sonha mais forte.

A feira virou pesadelo,

E a fome calou o peito,

Tem medo de olhar a conta,

E o saldo cair sem jeito.

A fome que não tem nome,

Esconde-se na dispensa,

No prato só sobrou a lágrima,

Silêncio de quem não pensa.

No fio curto da vida,

Se o dinheiro não dá pro mês,

É batalha de todo dia,

Guerreiro, mas sem altivez.

Fernando de Fidenza
Enviado por Fernando de Fidenza em 08/11/2024
Código do texto: T8192011
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