Além de preto e poeta, eu sou revolução

Eu ia escrever...

E juro que de início iria escrever um rap

Mas minha caneta era preta

Se eu continuasse daria treta

Por que toda história que preto escreve com uma preta, é porreta.

Seria uma história sobre o próximo 20 de novembro.

Mas até onde me lembro, não tem muito o que comemorar

Se tudo que fazem com pretos e pretas no mundo, é matar.

Eu já cansei de ver no jornal, mais um preto foi baleado foi parar no hospital

E começa-se uma grande divulgação,

Por que parece ser entretenimento ver preto sofrendo na televisão

E não importa o quanto o mundo envolua, o preto sempre vai parar em um caixão.

O racismo se tornou uma coisa tão rotineira

Que ninguém se importa mais em falar "lista negra ou a coisa tá preta". Mas, como dizia Mídria, "ainda bem que os pretos e pretas estão se amando, se armando contra o racismo o colorismo. Haa o colorismo, o colorismo é uma política de embranquecimento do estado

Que faz com que os pretos e pretas queiram odiar os traços genéticos dos seus pais herdados".

Olha ali o negrinho cabelo bombril, que saliente

Então já que meu cabelo é bombril, eu vou lavar essa vergonha na sua cara, hô demente.

Tá, qual é Edgi, isso não foi nenhum pouco de improviso.

Mas tudo bem, pelo menos cada dia que passa eu vejo menos pretos e pretas andando com cabelo liso e se assumindo com são, sem essa de colorismo.

E se depender de mim, o futuro será sem racismo, colorismo, discriminação

E será uma outra história contanda na televisão

Por que além de preto e poeta, eu sou revolução.

Edgi Carvalho
Enviado por Edgi Carvalho em 19/11/2023
Código do texto: T7935342
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