O Poema das Vozes Caladas

Nem sempre há algo a ser dito

Outras vezes não há porque dizer

O verbo oral ou escrito

Pode apenas se subentender

O silêncio pode ser um feroz grito

A reverberar quando não há poder

O verbo escondido é o agito

Da tempestade que existe em ser

No templo ecoam as vozes caladas

Por deuses em ouro esculpidos

Que elegem as guerras erradas

E calam a voz dos vencidos

O Verbo não dito é granada

A resiliência dos esquecidos

Marcelo Simas Pereira
Enviado por Marcelo Simas Pereira em 17/06/2023
Código do texto: T7816076
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