O Poema das Vozes Caladas
Nem sempre há algo a ser dito
Outras vezes não há porque dizer
O verbo oral ou escrito
Pode apenas se subentender
O silêncio pode ser um feroz grito
A reverberar quando não há poder
O verbo escondido é o agito
Da tempestade que existe em ser
No templo ecoam as vozes caladas
Por deuses em ouro esculpidos
Que elegem as guerras erradas
E calam a voz dos vencidos
O Verbo não dito é granada
A resiliência dos esquecidos