🐢 SEJA SOBRE O POSTE OU SOBRE O TOCO 🐢
Botaram um jabuti no topo de um poste!
Ou seria um peba em cima de um toco?
Só se sabe que o bicho teve suporte,
Pois pra isso o bicho não tem perna e nem porte,
Apenas lhe assistira a tal sorte,
Não subiria com o próprio esforço.
Mas o bicho, talvez muito deslumbrado,
Gostando da altura ficou logo preocupado
— O que me pôs aqui pode me tirar!
Tem que agora agradar tendenciosa plateia,
Quem teve a genial ideia de bota-lo lá,
E afugentar todo bicho que saiba escalar.
Na república do poste, ou do toco — como queira
Existem os prediletos iludidos e os preteridos
Existe a tola mística, mas não existe uma visão holística,
Não se desagrada preferidos nesta política
E o bicho do toco acolhe caprichos e fala besteira
Fala alto o poltrão, agrada uns, em aliados dá rasteira.
Não gesta, mal administra apenas pastora o redil.
Seu conhecimento, vulgar e limitado, atingiu o platô.
Gosta de assuntos alheios e sem fonte verificada
Quem é educado não discute tal iletrado sem pudor
Com traquejo de galego-vendedor com modus de imbecil
Decide o que tomará como verdade no meio da pataquada.
No meio destes "quem é bom não presta" tem a marca na testa
Vai ter o “favor” da exclusão, não é convidado pra festa,
Todo jabuti (ou peba) tem sua serventia; pro poder é garantia
De “eterna dívida” ao preço da pontual bajulação
A melhor coisa, como o peba e sua turma, é se afastar,
pois, antes de caírem por terra, essa galera gosta de queimar.
O perigo de colocar tal quadrupede em cima de um poste
Não é a de o bichinho cair por conta tal imprudência...
O perigo que sua incompetência vire "boa referência".
Que toda vulgaridade de frases feitas ganhe suporte
E que a Educação — que é da ignorância a cura,
Seja considerada desnecessária, dispensável, frescura.