No Pó das Minas (aos algozes dos povos naturais)

Você tirou a minha infância

Minha capacidade de dor

E não importa onde eu for

Só há fedor e não fragrância

Você tirou a importância

De todo poema de amor

Vulgarizou-nos o horror

Do culto vil à ignorância

E agora, o que nos resta

Senão cinzas e ruínas

E na alma do país, infesta

A praga torpe das chacinas

Do bravo índio e sua floresta

Que se esvaecem no pó das minas

Marcelo Simas Pereira
Enviado por Marcelo Simas Pereira em 23/03/2022
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