MORTE E SORTE SEVERINA

MORTE E SORTE SEVERINA

 

Ao lembrar da peste negra,

Sem ter nem penicilina,

Vejo a morte como regra,

Se Jair não quer vacina.

Só acordo em pesadelo,

Com a morte na piscina,

Pois a vida é desespero,

Sem comida e severina.

Era Pátria em segredo,

Para alguém fora do bote,

No naufrágio do degredo,

De quem nunca teve sorte.

E agora é nossa sina,

Ser mosquito de caçote,

Pois tortura não ensina,

Se o grito é de morte.