UMA FERA EM TITÃ

UMA FERA EM TITÃ

Uma guerra estelar há de vir,
Pra tirar o conforto humano,
Pois verei em Titã eclodir,
Os cometas de cada engano.

E ali nascerá uma fera,
Onde o verbo será só insulto,
Porque bem depois da quimera,
Um conto só dá breve susto.

No Universo tudo é eterno,
Mas também é como o ciclo,
E por isso o beijo é verbo,
Porque trai até no versículo.

E no vácuo ou tempo incerto,
As feras rasgam as estrelas,
Compondo até pelo inverno,
Nas eras que vão concebelas.

Só não poderão ter perdão,
As bestas forjadas humanas,
Porque as feridas nos dão,
A dor que rasga as entranhas.

Os tempos de agora são tenebrosos,
Porque há malícia em cada grotão,
Será por vontade ou só remorsos,
Senão por descaso de cada cristão!